A partir deste sábado (1º), os trabalhadores brasileiros começam a receber o novo salário mínimo, fixado em R$ 1.518. O reajuste representa um aumento de R$ 106 em relação ao valor anterior de R$ 1.412, vigente até dezembro de 2024. Apesar de a nova quantia estar em vigor desde 1º de janeiro de 2025, o pagamento ocorre apenas após o mês trabalhado, conforme a prática habitual.
Como foi calculado o reajuste do salário mínimo?
A correção salarial seguiu a nova política de reajustes estabelecida pelo Governo Federal, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no fim de 2024. De acordo com essa nova regra, entre 2025 e 2030, o aumento real do salário mínimo está limitado a 2,5% acima da inflação.
O valor do salário é calculado com base no índice da inflação medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), acumulado nos 12 meses até novembro do ano anterior, somado ao desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.
Em 2024, o INPC acumulado foi de 4,84%, enquanto o PIB de 2023 registrou um crescimento de 3,2%. Inicialmente, esses indicadores projetavam um salário de R$ 1.528 para 2025. No entanto, devido ao limite de 2,5% de aumento real estabelecido pela nova regra, o valor final foi ajustado para R$ 1.518.
Impacto para os trabalhadores
O reajuste do salário mínimo influencia diretamente o poder de compra da população. Caso os aumentos salariais não acompanhem a inflação, o trabalhador pode perder capacidade de consumo, adquirindo menos produtos e serviços com o mesmo valor.
Além disso, o novo piso salarial afeta também benefícios atrelados ao salário mínimo, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o seguro-desemprego e aposentadorias vinculadas ao INSS.
Reajustes futuros
Com a nova política, o salário mínimo será reajustado anualmente seguindo essa metodologia até 2030. Dessa forma, o crescimento acima da inflação será controlado, mantendo previsibilidade para empregadores e trabalhadores